
O Conselho Canadiano de Relações Laborais declarou ilegal a greve dos mais de 10 mil assistentes de bordo da Air Canada nesta segunda-feira, 18 de agosto.
Na decisão, a vice-presidente Jennifer Webster ordenou ao sindicato e aos seus dirigentes que terminassem de imediato a paralisação e que os trabalhadores retomassem funções.
A greve começou no sábado, dia 16 de agosto, mas foi interrompida quando a ministra federal do Trabalho, Patty Hajdu, recorreu ao Código Laboral para encaminhar as partes para arbitragem obrigatória.
Ainda assim, o sindicato que representa os assistentes de bordo recusou cumprir a ordem, mantendo os piquetes no Aeroporto Internacional Pearson, em Toronto, e avançando com uma contestação no Tribunal Federal.
Os passageiros continuaram a confrontar funcionários da companhia em busca de alternativas para os voos cancelados. A Air Canada estimou já em cerca de meio milhão o número de clientes afetados. A transportadora suspendeu igualmente as previsões financeiras para o terceiro trimestre e para todo o ano devido à paralisação.
O Congresso Canadiano do Trabalho reuniu de emergência para apoiar os assistentes de bordo, classificando a intervenção do governo como uma violação inconstitucional dos direitos laborais. Em comunicado, anunciou que vai mobilizar sindicatos de todo o país para uma campanha de resistência, incluindo apoio financeiro para ações legais.
Entretanto, o primeiro-ministro Mark Carney afirmou ser essencial uma solução rápida. Sublinhou que os trabalhadores devem ser compensados de forma justa, mas alertou para o impacto da greve em centenas de milhares de passageiros e visitantes.
Carney apelou às duas partes para chegarem a acordo, lembrando que a ministra do Trabalho continuará a acompanhar a situação.