Ágora leva ao Castelo de Leiria três dias de música, performance e instalação

Leiria, 17 set 2025 (Lusa) – Tó Trips & Fake Latinos, Sheherazaad, Abdullah Miniaway ou Raquel André são alguns dos convidados para a quarta edição de Ágora no Castelo de Leiria, que recebe concertos, performances, instalação e atividades para famílias de sexta-feira a domingo.

Este ano em versão concentrada, o projeto da produtora Omnichord aproxima-se do formato festival, com 11 propostas multidisciplinares que vão ao encontro do conceito original do projeto: cruzar criatividade com um dos mais relevantes símbolos do património histórico-cultural de Leiria.

A organização assume a intenção de, através de um programa constituído por música, artes performativas, instalações artísticas e oficinas para famílias com crianças, fomentar “uma fruição e reflexão do património (i)material no seio do Castelo de Leiria”, contribuindo com uma proposta distinta de visitação.

Ágora tem início na sexta-feira, com a inauguração da instalação “Povo Pássaro”, criada especificamente para o festival por Bárbara Paixão e Artur Pispalhas, que evocam a Palestina num “apelo à resistência e afirmação da existência”.

No primeiro dia, Raquel André apresenta à noite “Pertença | Belonging”, um cine-concerto com o baterista Aliu Baio, da Guiné-Bissau.

A cantora, compositora e performer americana Lyra Pramuk, a residir na Alemanha, vai a Leiria encerrar a noite com um momento em que improvisação e eletrónica se entrelaçam.

Também da mescla entre improviso e tecnologia brota o concerto com que Pedro Almiro abre o segundo dia de Ágora, ao início da tarde de sábado.

O cartaz para sábado inclui também a apresentação do disco “Qsar” pela indo-americana Sheherazaad, a atuação do artista e poeta egípcio Abdullah Miniaway, que leva a Leiria o espetáculo “The evens, Rahmna”, e a banda portuguesa Memória de Peixe, que toca o recente disco “III”.

No domingo, o Ágora arranca com oficinas para público infantojuvenil, e prossegue com Joana Gama & Yaw Tembe, que combinam trompete, violoncelo, percussão e vozes encantatórias numa performance que remete para “movimentos tectónicos e espíritos libertos num tempo sem pressa”, antecipa a Omnichord.

Os concertos de Djilam Turé, cantora, compositora e bailarina da Guiné-Bissau, e de Tó Trips & Fake Latinos, que mostram no Castelo de Leiria o disco “Dissidente”, marcam a despedida desta edição de Ágora.

A entrada no festival é gratuita para residentes no concelho de Leiria (mediante exibição de comprovativo de morada e identificação) e custa 2,10 euros por dia para o restante público.

 

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