
Maputo, 03 set (Lusa) – O Acordo de Cessação das Hostilidades Militares entre o Governo moçambicano e a Renamo, principal partido de oposição, completa um ano no próximo sábado, sem ter conseguido o seu principal objetivo, o desarmamento do braço militar do movimento.
Quando o ex-chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, e o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, rubricaram o entendimento, para encerrar mais de ano e meio de confrontos militares no centro do país, criou-se a expetativa de que nesta altura estaria definitivamente arrumado o contencioso deixado pelo Acordo Geral de Paz de 1992, que permitiu que o principal partido de oposição mantivesse um contingente armado.
Um ano após o pacto, não só a Renamo mantém o seu braço armado, devido a divergências com o Governo sobre as condições para a desmobilização da sua ala militar, como tentou alargar a presença dos seus homens armados para a província de Gaza, sul do país, criando pânico entre a população local.
