
Washington, 31 dez 2025 (Lusa) – O Governo dos EUA pediu terça-feira às suas embaixadas em países latino-americanos que reportem crimes decorrentes da “migração em massa” e a analisem as políticas governamentais que facilitam esses movimentos, num contexto de campanha antimigratória do presidente.
O Departamento de Estado explicou, num comunicado publicado nas redes sociais, que pediu às suas embaixadas que analisassem as políticas dos governos latino-americanos que “facilitam a migração em massa” ou que “deem prioridade aos migrantes em vez dos cidadãos” e que exortem os governos destes países da região a combater o que consideram violações dos direitos humanos.
“Os EUA instam os governos a proteger as suas fronteiras e defender os seus cidadãos das violações dos direitos humanos provocadas pela migração em massa”, explica o comunicado.
“A migração em massa e as redes criminosas que a facilitam causaram estragos nos Estados Unidos antes de o presidente Trump reforçar a segurança na fronteira”, acrescenta a mensagem.
Desde o seu regresso ao poder, em janeiro último, Trump endureceu as políticas migratórias do país, com milhares de deportações e restrições totais e parciais para a entrada em território norte-americano de cidadãos de quase 40 países.
Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos EUA destacou que 2025 foi “um ano de conquistas sem precedentes” com a saída de 605.000 pessoas que foram deportadas e 1,9 milhões de indocumentados que saíram voluntariamente do país, embora a Casa Branca não tenha fornecido dados que apoiem este último dado.
No entanto, já durante a Administração do ex-presidente Joe Biden (2021-2025) foram ativadas políticas e programas económicos para tentar abordar as causas que impulsionam a imigração, entre as quais destacavam-se “a má governação, a corrupção, a delinquência, a violência e a falta de oportunidades económicas”, nos países de origem.
ATR // RBF
Lusa/Fim
