
Buenos Aires, 27 dez 2025 (Lusa) – O Parlamento argentino aprovou esta sexta-feira o Orçamento para 2026, o primeiro desde que Javier Milei chegou à Presidência em 2023, que prevê um crescimento do PIB de 5% e a desaceleração da inflação anual para 10,1%.
O Senado aprovou o projeto — que tinha já sido aprovado pela Câmara dos Deputados — com 46 votos a favor, 25 contra e uma abstenção, depois de uma longha sessão, que representa a primeira grande conquista do ultraliberal La Libertad Avanza, o partido de Milei, no Congresso, depois de ter aumentado significativamente a representação em ambas as câmaras este mês, em resultado da vitória nas legislativas de outubro.
O orçamento aprovado prevê para 2026 uma desaceleração significativa da inflação – muito longe dos 117,8% registados em 2024 e abaixo dos 27,9% acumulados até novembro de 2025.
A lei projeta para o próximo ano um excendente primário equivalente a 1,5% do PIB, com aumentos de 20,6% da despesa e de 20,8% da receita fiscal.
Durante a sessão desta sexta-feira, o La Libertad Avanza contou com o apoio de formações de centro-direita e de deputados alinhados com governadores de algumas das províncias mais importantes do país.
Milei comemorou a aprovação do Orçamento 2026 com uma mensagem na sua conta na rede social X, onde partilhou a imagem do quadro com o resultado da votação geral do projeto e acompanhou a publicação com a frase habitual: «Viva a liberdade, carago».
O Presidente de extrema direita tem governado desde a posse em dezembro de 2023 com o orçamento aprovado para aquele ano, que depois prorrogou por duas vezes.
O Orçamento 2023 contém rubricas de despesas estipuladas em setembro de 2022, que foram completamente diluídas pelo efeito da muito alta inflação acumulada, o que deu ao governo grande margem de manobra para manter a política de severo ajuste fiscal e gerir várias rubricas orçamentais segundo os seus critérios.
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