PR moçambicano agradece apoio da União Europeia no combate ao terrorismo

Maputo, 25 nov 2025 (Lusa) – O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, agradeceu hoje, em Luanda, capital de Angola, o apoio da União Europeia (UE) no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado (norte).

“Expressando o nosso maior reconhecimento ao apoio da União Europeia no combate ao terrorismo em Moçambique, que se traduz fundamentalmente na formação e no reforço de capacidade das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique”, disse Chapo, intervindo na segunda sessão temática da 7ª Cimeira União Africana-União Europeia. 

Segundo Chapo, Moçambique continua empenhado na melhoria da vida da população e no combate ao terrorismo, que assola o país africano desde 2017.

“Queremos aproveitar esta ocasião para, ao mesmo tempo, agradecer à União Africana, que tem trabalhado connosco para o combate este mal”, disse.

O ressurgimento de conflitos e o agravamento do extremismo violento e terrorismo estao entre os principais desafios da atualidade, acrescentou. 

Durante a sessão, Chapo referiu ainda que Moçambique desempenha, simultaneamente, os papéis de origem, trânsito e destino de fluxos migratórios, ao mesmo tempo que enfrenta deslocações internas, por causa do terrorismo em Cabo Delgado, mudanças climáticas, fatores económicos, bem como a integração regional na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

No passado dia 23 de outubro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução sobre a renovação da Parceria UE-África, na qual se congratula com “o contributo da missão de assistência militar da UE em Moçambique para o restabelecimento da segurança em Cabo Delgado, realçando simultaneamente a necessidade de integrar os direitos humanos, a resiliência das comunidades e os princípios da boa governação, a fim de assegurar uma estabilidade duradoura e a confiança local”.

A província de Cabo Delgado, rica em gás, é alvo de ataques extremistas há oito anos, com o primeiro registado em 05 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.

O Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED) contabiliza pelo menos 6.257 mortos ao fim de oito anos de ataques em Cabo Delgado, alertando para a instabilidade atual.

 

SYCO (PME) // PDF

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