
Nova Iorque, 28 out 2025 (Lusa) – A bolsa nova-iorquina terminou hoje com os seus índices emblemáticos a estabelecerem novos máximos históricos pelo terceiro dia consecutivo, focada nas empresas tecnológicas e na reunião da Reserva Federal (Fed) sobre política monetária.
Os resultados da sessão indicam que o seletivo Dow Jones avançou 0,34%, para os 47.706,37 pontos, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,80%, para as 23.827,49 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,23%, para as 6.890,88.
“A dinâmica positivai mantém-se”, resumiu Angelo Kourkafas, da Edward Jones, em declarações à AFP.
“O dia de amanhã pode abrir a via a uma forte progressão, com a decisão da Fed sobre a taxa de juro”, estimou Jose Torres, da Interactive Brokers.
Os analistas esperam desde há semanas que o banco central reduza a sua taxa de juro de referência em um quarto de ponto percentual na reunião que acaba na quarta-feira.
“A conferência de imprensa vai ser verdadeiramente o que os investidores estão à espera para fazerem uma ideia do que se pode passar em dezembro”, disse Angelo Kourkafas.
Na sua opinião, o índice de preços no consumidor, divulgado na semana passada, ao sair abaixo das expectativas, “deu verdadeiramente ‘luz verde’ à Fed para avançar na direção que tinha anunciado”, ou seja, um alívio monetário para revigorar o mercado de trabalho.
Também na quarta-feira, depois do fecho, são esperados os resultados de vários conglomerados tecnológicos, como Microsoft, Alphabet (Google) e Meta (Facebook, Instagram) ao passo que Apple e Amazon apresentam as suas contas no dia seguinte.
“Com as cotações elevadas, a margem de erro é reduzida” e as expectativas “muito elevadas”, avisa desde já Angelo Kourkafas. “Mas até agora, os semicondutores e as tecnológicas superaram as expectativas”.
Jose Torres, por sua vez, salientou que “resultados sólidos das grandes empresas tecnológicas, associados a previsões otimistas no domínio da inteligência artificial, vão também ajudar os investidores a antecipar já o crescimento do ano seguinte”.
Mas apontou também que parte do otimismo ambiental está ligado às perspetivas de diálogo comercial entre Washington e Pequim.
RN // PDF
Lusa/fim
