
A China anunciou a 12 de julho a imposição de direitos antidumping preliminares sobre as importações de canola canadiana. Isto marca uma nova escalada na disputa comercial que já dura há um ano e que começou com a imposição de tarifas por Ottawa sobre as importações de veículos elétricos chineses em agosto passado.
A taxa provisória será fixada em 75,8%, com efeito a partir de 14 de agosto, informou o Ministério do Comércio num comunicado.
Os futuros de canola RSX5 da ICE para novembro caíram 6,5%, atingindo o menor nível em quatro meses após o anúncio.
A China, maior importadora mundial de canola — também conhecida como colza —, obtém quase todo o seu abastecimento do produto do Canadá. Se mantidas, as altas tarifas provavelmente acabariam com as importações.
O Ministério do Comércio da China anunciou ainda que uma investigação antidumping iniciada em setembro de 2024 concluiu que o setor agrícola do Canadá — particularmente a indústria da canola — se beneficiou de subsídios governamentais «substanciais» e políticas preferenciais.
A China tem até setembro, quando a investigação termina formalmente, para tomar uma decisão final sobre os direitos, embora tenha a opção de prorrogar esse prazo por seis meses. Uma decisão final pode resultar numa taxa diferente ou anular a decisão de 12 de agosto.
