Os casos de conduta odiosa nas Forças Armadas do Canadá quase duplicaram em 2024. É o que revelam novos dados do Ministério da Defesa, divulgados pela imprensa canadiana. Depois de vários anos de descida, os números voltaram a subir. Foram registados 54 incidentes – o dobro do ano anterior.
Alguns especialistas associam o aumento à reeleição de Donald Trump. Dizem que o discurso contra a imigração reforçou a extrema-direita, também entre os militares canadianos.
O comandante do Exército diz-se “desapontado e zangado”. O tenente-general Mike Wright acha que os soldados deviam estar “furiosos” com o impacto que isto tem na reputação da instituição.
Desde 2020, as Forças Armadas registaram 364 casos de conduta odiosa. Alguns resultaram na expulsão de militares.
Recorde-se que, em julho, quatro homens – dois deles ainda no ativo – foram acusados de planear um atentado extremista no Quebec.
O Ministério da Defesa reconhece progressos, mas admite que a mudança cultural ainda está longe de estar concluída.