Mais de 70 estudantes palestinianos continuam à espera de visto para estudar no Canadá, apesar de já terem sido admitidos por universidades canadianas, alguns com bolsas integrais. A garantia é da Palestinian Students and Scholars at Risk Network, uma rede de voluntários composta por académicos canadianos.
O grupo pede ao Governo federal que agilize os processos de visto, citando casos urgentes – como o das irmãs gémeas Sally e Dalia Ghazi Ibaid, que morreram num ataque aéreo em Gaza, em dezembro, após terem sido aceites num doutoramento na Universidade de Waterloo.
Segundo o Ministério da Imigração, os estudantes não conseguem concluir o pedido de visto porque é necessário recolher dados biométricos, um procedimento que não pode ser feito em Gaza, onde o Canadá não tem presença consular. A saída do território também depende das restrições impostas por Israel e pelo Egito.
A rede diz que alguns estudantes já estão no Egito ou na Jordânia, mas continuam sem resposta. Os académicos referem que países como França conseguiram facilitar a entrada de estudantes oriundos de Gaza.
O Governo garante que todos os pedidos são avaliados com base nos mesmos critérios, independentemente do país de origem.