
O primeiro-ministro Mark Carney chegou à Europa a 22 de junho para duas cimeiras consecutivas. Junto com Carney, embarcaram na viagem a ministra dos Negócios Estrangeiros, Anita Anand, o ministro da Defesa, David McGuinty, e o secretário de Estado para as aquisições no sector da defesa, Stephen Fuhr.
A comitiva canadiana dirigiu-se à Europa para participar nas cimeiras da União Europeia (UE) e da NATO, onde os assuntos centrais de discussão em cima da mesa reportavam às aquisições militares e à diversificação das cadeias de abastecimento.
As reuniões internacionais ocorrem numa altura em que o Canadá procura reduzir a sua dependência dos Estados Unidos da América (EUA) em matéria de contratos públicos no sector da defesa, devido às tensões provocadas pelo presidente Donald Trump.
Carney começou a sua viagem em Bruxelas, na Bélgica, com uma visita ao cemitério militar de Schoonselhof, em Antuérpia, onde estão enterrados 348 soldados canadianos.
Depois reuniu-se com o primeiro-ministro belga, Bart De Wever, com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Durante a cimeira UE-Canadá, o ponto principal foi a assinatura de um acordo de segurança e defesa com a UE, por Anand e McGuinty.
O acordo permite a participação do Canadá na iniciativa ReArm Europe, permitindo-lhe aceder a um programa de empréstimos de 150 mil milhões de euros para aquisições no sector da defesa, denominado Ação de Segurança para a Europa.
Outro ponto central foi a emissão de uma declaração conjunta dos líderes políticos, para sublinhar a vontade de continuar a pressionar a Rússia, incluindo através de novas sanções, e apelar a um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza.
De Bruxelas, Carney seguiu para Haia, nos Países Baixos, para a cimeira dos líderes da NATO, agendada para 24 e 25 de junho.