

A menos de 20 dias do arranque oficial da nova época, Paulo Fonseca reconheceu que ainda tem muitas dúvidas em mente. Garantindo, primeiro, que “não conta perder qualquer jogador”, o treinador foi depois mais longe, assumiu que o grupo é extenso – 27 elementos –, mas que ainda não sabe por onde vai cortar.
“Neste momento não estão tomadas decisões, mas no devido tempo iremos tomá-las, tendo em conta o que são os objetivos da equipa”, disse, prosseguindo assim: “Tenho muitas dúvidas em relação àquele que será o primeiro onze oficial e penso que isso é positivo. Elas surgem em função do valor dos jogadores. São muitas dúvidas mesmo, até quanto à formação do plantel. De momento momento, não tenho certezas e isso surge por fruto da qualidade dos jogadores e das respostas que eles estão a dar”. São, portanto, as chamadas boas dores de cabeça.
Certeza só mesmo a de que o FC Porto vai continuar a jogar com um duplo pivô defensivo. “Percebo que se fale em dois médios-defensivos, mas a realidade não é bem essa. Há momentos do jogo em que atuamos com um jogador próximo do Fernando, mas há outros em que isso não sucede. Agora poderia levantar aqui uma questão: será que o triângulo invertido é um sistema mais defensivo? Na minha opinião não é”, explicou, recusando a ideia de que a defesa está, agora, mais exposta: “Até parece um contrassenso. Jogamos, segundo dizem, com dois médios defensivos, mas estamos mais expostos… Admito que houve algumas situações que não foram positivas, mas nós trabalhamos para melhorá-las. Há aqui novos processos que requerem algum tempo e alguma adaptação por parte dos jogadores. Isso vai acontecer naturalmente e não seremos uma equipa muito exposta.”