
A 28 de maio, quarta-feira, concluíram-se oficialmente as contagens dos votos das legislativas portuguesas, com o apuramento dos votos dos emigrantes.
Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, o Partido Socialista (PS) não elegeu nenhum deputado nos círculos eleitorais fora de Portugal.
Os quatro deputados eleitos pelos emigrantes fora de Portugal, na Europa e fora da Europa, foram atribuídos ao Chega e à coligação da Aliança Democrática (AD).
O Chega, liderado por André Ventura, venceu entre os emigrantes, com cerca de 92 mil votos, conquistando dois deputados. A AD, liderada por Luís Montenegro, conseguiu cerca de 56 mil votos, elegendo também mais dois deputados.
No Canadá, após o apuramento de todos os votos, a abstenção foi pesada, rondando os 72%. Mas entre os emigrantes que exerceram o seu direito de voto, cerca de 19% escolheram a AD. Em segundo lugar ficou o Chega, com cerca de 17%, e em terceiro lugar o PS, com cerca de 11%.
Os resultados mostram que o Chega ganhou terreno entre os luso-canadianos. Nas últimas legislativas, em 2024, tinha ficado em terceiro lugar, com 11%. Em linha contrária, o PS perdeu força no Canadá – nas últimas eleições tinha ficado em segundo, com 14%. O cenário no Canadá acompanha a tendência nacional.
Com os resultados finais, Portugal fica então sob a liderança da AD, com oposição oficial do Chega.