
Lisboa, 09 mai 2025 (Lusa) — O presidente do Movimento Partido da Terra (MPT), Pedro Soares Pimenta, quer defender a habitação e o trabalho condigno na Região Autónoma da Madeira e priorizar o ambiente e a ecologia na Região Autónoma Açores.
Em entrevista à agência Lusa, o MPT, que concorre pelos círculos eleitorais da Madeira e dos Açores, identifica “alguns problemas nas políticas sociais” na Madeira, mas define que existem realidades distintas entre os arquipélagos que “têm que ser trabalhadas de uma forma completamente diferente”.
Nos Açores, Pedro Soares Pimenta afirmou que uma das apostas é o “turismo sustentável”, de forma a não “esgotar os recursos” da região.
“Temos várias zonas de proteção marítima nos Açores, queremos potenciá-las, queremos fortalecê-las. Os Açores é um ex-libris da natureza”, disse, acrescentando que na Madeira o partido quer “combater algum despesismo e nepotismo”.
“Uma das nossas bandeiras para a Madeira é a defesa da população, a defesa das questões sociais, de quem tem dificuldades, de quem não consegue casa e de quem não consegue ter um trabalho condigno”, adiantou.
Sobre a habitação, o MPT acredita que é preciso “agarrar na construção que está ao abandono, tanto do Estado, como particular”, para depois “potenciar a reconstrução desses edifícios e qualificá-los”.
O MPT concorre às legislativas de 18 de maio em dois círculos eleitorais, Madeira e Açores e, nos restantes 20 círculos, apoia a coligação PSD/CDS, adiantando que a aproximação pode estender-se a um apoio para as próximas eleições autárquicas.
“O Partido da Terra está cá, dá a voz de apoio a uma Aliança Democrática, PSD/CDS”, não só para apresentar as suas bandeiras, nestas eleições, mas também “para as autárquicas, para futuras legislativas e para o futuro”.
Quando questionado sobre o que distingue o MPT da coligação PSD/CDS, Pedro Soares Pimenta disse que o MPT pode trazer “o cunho ambientalista da defesa do ambiente e da defesa dos animais num futuro projeto de Governo”.
O MPT “é um partido que quer aquilo que a AD também quer, com uma diferença: nós queremos nos apresentar e queremos que as pessoas tenham a verdadeira convicção de que nós somos o braço ambientalista que pode haver nesta coligação e pode haver neste futuro governo da AD”, afirmou.
Quando questionado em matéria de Educação, o MPT, que no seu programa quer garantir o acesso universitário gratuito a todas as famílias, defende que, quando as pessoas não conseguem suportar os custos, o Estado “tem que chegar à frente”.
“As pessoas querem ter essa formação e não conseguem acompanhar os custos dessa propina. Temos que apoiar essas pessoas e temos que apoiar os portugueses que querem ter uma formação adequada”, acrescentou.
Nas legislativas de 2024 o partido concorreu em coligação com o partido Aliança e obteve 0,07% da votação, correspondendo a 4.265 votos.
*** Tomás Barros (texto), Jorge Coutinho (vídeo) e Tiago Petinga (fotografia) ***
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