Trump assina ordem que alivia tarifas sobre setor automóvel

Foto: Facebook Donald J. Trump

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, assinou, a 29 de abril, ordens executivas que, segundo ele, darão algum alívio temporário a uma indústria automóvel assediada por múltiplas tarifas que causaram ansiedade e preocupação em todo o mercado norte-americano profundamente integrado.

Um funcionário do Departamento de Comércio disse que a administração vai oferecer aos fabricantes de automóveis que terminam os seus veículos nos EUA um desconto sobre as peças automóveis importadas.

Para além disso, Trump assinou ainda uma segunda ordem executiva para que as empresas que pagam as tarifas sobre os automóveis não vejam outras taxas –  incluindo as sobre o aço e o alumínio – empilhadas umas sobre as outras.

Com a previsão de entrada em vigor em maio de novas tarifas de 25% sobre as peças para automóveis, o responsável pelo comércio afirmou que a alteração pode compensar os impactos.

Candace Laing, presidente e CEO da Câmara de Comércio do Canadá, disse que a inconsistência contínua das tarifas de Trump está a afastar investimentos e negócios no Canadá e nos EUA.

As últimas perspetivas económicas da Deloitte Canada também prevêem que o impacto das tarifas vai ganhar força nos próximos meses, à medida que o impulso de curto prazo da atividade de antecipação de custos das empresas diminui.

A empresa enfatiza a pouca clareza que há para o futuro, dificultando previsões de longo prazo, mas, a curto prazo, prevê que o PIB do Canadá vai diminuir 1,1% no segundo trimestre e mais 0,9% no terceiro trimestre.

Quanto ao aumento inicial da atividade que pode ser visto especialmente em áreas como investimento em máquinas e equipamentos, a Deloitte prevê um aumento de 30% em comparação anual no primeiro trimestre, mas uma queda de 37% no segundo.

O investimento empresarial geral também deve sofrer uma queda de 11,5% no segundo trimestre, à medida que áreas como a construção também recuam. Isto significa ainda que o desemprego pode atingir o pico de 7,5% no terceiro trimestre antes de começar a cair abaixo de 7% no ano que vem.