
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inverteu parcialmente o rumo da sua guerra comercial global a 9 de abril. A decisão foi tomada após dias de turbulência no mercado. Segundo disse, a decisão foi tomada na sequência de contactos de mais de 75 países a solicitar a abertura de negociações.
Trump anunciou uma pausa imediata de 90 dias nas taxas sobre as nações que receberam as taxas mais altas sob seu regime tarifário “recíproco”. Contudo, uma tarifa de base de 10 % permanece em vigor para todos os países, e as tarifas sobre importações da China aumentaram para 125%. Quando ao Canadá, Trump não ofereceu quaisquer alterações às tarifas que atingem o país.
Enquanto Trump continua a provocar o caos no comércio internacional, com avanços e recuos nas tarifas que tem imposto globalmente, as empresas canadianas tentam aguentar os seus negócios, muitas delas equiparando os efeitos da guerra comercial aos efeitos da Covid-19. A estratégia, segundo partilhado por algumas empresas do setor logístico e alimentar, é aplicar as aprendizagens de administração dos negócios adquiridas durante e após a pandemia.
Para os economistas, a preocupação atual é acompanhar os impactos das novas proporções da guerra comercial no valor do dólar. Apesar das acentuadas quedas registadas no mercado de ações, o dólar canadiano tem subido gradualmente, mas os economistas alertam para a constante necessidade de atenção.
As incertezas e instabilidades provocadas pela guerra comercial também estão a repercutir no setor da educação, com algumas escolas do Canadá a decidir suspender as excursões escolares, na sua maioria ligada a intercâmbios desportivos, musicais ou artísticos, aos EUA. Para além das preocupações financeiras e políticas, a incerteza do que pode acontecer nas fronteiras também está a impactar as decisões.