
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, disse a 18 de fevereiro que pretende que o Canadá desempenhe um papel na manutenção da paz na Ucrânia após o fim da guerra provocada pela Rússia. As declarações foram feitas numa conferência de imprensa virtual a partir de Bruxelas.
Joly e outros ministros federais lançaram uma ofensiva diplomática em resposta às repetidas ameaças do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, de impor tarifas aos aliados e reter a cooperação militar.
A visita de Joly ao continente ocorreu depois de Trump se ter comprometido a manter conversações com as autoridades russas para pôr fim à guerra na Ucrânia. Joly disse que o Canadá continua a pedir aos EUA que incluam funcionários ucranianos nessas conversações, depois de Washington ter sugerido que a Ucrânia perderá território e não poderá fazer parte da aliança militar da NATO.
As conversações entre o Canadá e a União Europeia sobre uma parceria de segurança e defesa decorrem há meses. A parceria seria semelhante aos pactos que Bruxelas assinou com o Japão e a Coreia do Sul sobre exercícios navais conjuntos e com países fora da UE sobre infraestruturas submarinas.
Joly afirmou que as negociações entre Bruxelas e Ottawa “estão a decorrer a bom ritmo”, tendo em conta que o Canadá e muitos países da UE já fazem parte da aliança militar da NATO. A ministra acrescentou que qualquer acordo deve centrar-se na aquisição de material de defesa e na possibilidade de partilhar mais informações.
A ministra canadiana esteve de visita a França, Alemanha e Bélgica. Segundo Joly, as negociações centraram-se na defesa dos empregos canadianos e no reforço da defesa do Canadá.
Joly dirigiu-se para a África do Sul para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20, com o objetivo de tentar determinar de que forma a posição do Canadá, que preside ao G7, poderá refletir as prioridades do grupo mais vasto do G20.
