
O primeiro-ministro Justin Trudeau esteve a 12 de fevereiro em Bruxelas, numa altura em que o Canadá procura aprofundar os seus laços comerciais e de defesa com a Europa.
Durante a sua viagem de um dia, o primeiro-ministro encontrou-se primeiro com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e depois com os dois mais altos dirigentes da União Europeia: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia desde 2019, e António Costa, presidente do Conselho Europeu desde dezembro de 2024.
No seu discurso de boas-vindas, Von der Leyen afirmou que a história do Canadá e da União Europeia é a história de bons aliados e amigos de confiança e que “a confiança é muito necessária num mundo imprevisível”.
Trudeau deu uma conferência de imprensa antes de regressar a Ottawa. Trudeau afirmou que o Acordo Económico e Comercial Global UE-Canadá criou “uma enorme prosperidade em ambos os lados do Atlântico”.
A sua visita surge após anos de crescentes laços comerciais entre o Canadá e a Europa. Ottawa assinou acordos para exportar hidrogénio para a Alemanha e iniciou conversações com Bruxelas sobre a forma como o Canadá pode fornecer minerais essenciais para coisas como veículos elétricos.
Essa colaboração poderá aprofundar-se à medida que os líderes europeus se juntam aos canadianos para fazer frente às ameaças de tarifas prejudiciais e de expansão territorial do Presidente dos EUA, Donald Trump.
O comércio entre o Canadá e os países da UE tem vindo a aumentar desde que o acordo comercial CETA entrou em vigor provisoriamente em 2017 – apesar do facto de alguns países, incluindo a Bélgica e a França, terem evitado a ratificação total.
Os laços entre o Canadá e a UE poderão ser reforçados através de um pacto de defesa e segurança que está a ser negociado.
Bruxelas começou a estabelecer pactos de segurança com outros países no ano passado, depois de ter adotado a ideia na sequência da invasão total da Ucrânia pela Rússia em 2022. O Canadá já faz parte de acordos de defesa com a UE que, entre outras coisas, lhe permitem transportar equipamento militar através das fronteiras da UE para apoiar a Ucrânia.
