Sondagem ‘Two Michaels’: um em cada 10 canadianos fala bem da China

FOTO: Carolyn/TWITTER
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Os canadianos Michael Spavor e Michael Kovrig estão a adaptar-se às novas vidas no Canadá depois de mais de mil dias numa prisão chinesa. Agora, novos dados do Instituto Angus Reid, agência de pesquisa, mostram que os canadianos acreditam que a ação tanto dos EUA como do Canadá foi crucial para a libertação dos Two Michaels. Também o mesmo estudo avança que apenas um em cada dez canadianos tem opiniões favoráveis sobre o país asiático.

A libertação dos ‘Two Michaels’ aconteceu horas depois dos EUA adiarem o caso legal de Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei. Agora, novos dados do Instituto Angus Reid, sem fins lucrativos, mostram que os canadianos acreditam que a ação tanto dos norte-americanos assim como dos canadianos ajudou os Michaels a voltar para casa. O Canadá tem 68% de mérito; os Estados Unidos recebem 71 pontos percentuais pela libertação de Spavor e Kovrig.

A saga geopolítica começou com a prisão de Meng, uma executiva da empresa de telecomunicações chinesa Huawei, em Vancouver em 2018. Spavor e Kovrig foram presos separadamente dias depois em aparente retaliação da China.

Independentemente de quem seja o mais responsável por encerrar a saga de quase três anos, as opiniões canadianas sobre o país que aprisionou Spavor e Kovrig não se dividem assim tanto. Apenas um em cada dez cidadãos do Canadá tem uma visão favorável da China, uma queda de quatro pontos em relação ao início deste ano e o menor de sempre desde 2005.

Nesse contexto, três quartos dos canadianos (76%) prefeririam que o Canadá priorizasse o estado de direito e os direitos humanos nas negociações futuras do país com a China em vez de quaisquer oportunidades de comércio ou investimento.

Três em cada cinco (58%) canadianos acreditam que o Canadá deveria ter intervindo antes no caso Meng.

Metade dos canadianos (51%) tem uma visão muito desfavorável da China.

Aqueles que acreditam que o Canadá deve priorizar os direitos humanos e o Estado de Direito em suas relações com a China aumentaram 14 pontos percentuais desde 2019.