Manuel Ramalho viu o julgamento ser repetido, depois do crime cometido em abril de 2013 vitimando a sua mulher.
O suspeito terá morto à paulada Maria Teresa e depois barricou-se com o cadáver em casa durante quase cinco horas.
O crime aconteceu no Fundão e valeu ao arguido a redução de um ano à pena de prisão, depois de ter sido julgado há um ano em processo sumário e condenado a 20 anos de prisão.
A defesa recorreu para a Relação de Coimbra que mandou repetir o julgamento e terça-feira o homicida foi condenado a 19 anos.
O tribunal considerou inconstitucional a norma que permitia que crimes violentos passassem a poder ser julgados em processo sumário, em menos de 90 dias após o crime.
Logo na primeira sessão do julgamento, Manuel Ramalho reconheceu o homicídio, os factos da acusação e mostrou arrependimento: “Quero pedir perdão aos meus filhos e aos meus netos que ficaram sem a mãe e a avó que tanto amavam.
Na leitura do acórdão, o juiz presidente do coletivo realçou que este pedido de desculpas “teve algum peso, até mais que a confissão”.
Pelo reconhecimento do crime e arrependimento, o tribunal acabou por fixar a pena de prisão nos 19 anos, mas este homem de 74 anos, terá ainda de pagar uma indemnização de 105 mil euros aos seus dois filhos.