
O chefe da missão do FMI em Portugal, Subir Lall, considera ser prematuro especular sobre eventuais aumentos do salário mínimo, defendendo que a organização está muito interessada em discutir políticas que criem emprego.
Interrogado na conferência de imprensa sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira sobre qual a sua posição em relação a uma eventual subida do salário mínimo, Subir Lall começou por dizer que “é prematuro especular sobre o tema, recordando, no entanto, que já foi interrogado sobre eventuais cortes.
Para o responsável do FMI é curioso que ainda há pouco tempo lhe perguntavam se queriam baixar o salário mínimo e agora a pergunta é sobre uma subida referindo-se a uma intervenção sua em dezembro de 2013, altura em que esclareceu que cortar salários mínimos não estava em discussão.
Subir Lall afirma que não se pode falar em salários sem falar de criação de emprego e que o FMI está muito interessado em discutir políticas que criem emprego, destacando ainda que são os trabalhadores com qualificações baixas e com salários mais baixos que têm mais dificuldade em arranjar trabalho.
Para o FMI , há ainda muitas coisas que podem ser feitas, mas há uma diferença entre as mudanças legislativas já feitas e a passagem dessas mudanças à prática.
Em relação à forma de saída de Portugal do programa de resgate, Subir Lall disse que o que importa ao FMI é que as reformas que têm de ser feitas, mas acrescentou que pedir um programa cautelar não é um sinal de fraqueza, remetendo a decisão final para as autoridades portuguesas.