NÃO HÁ MARGEM PARA RENEGOCIAR DÍVIDA PORTUGUESA DEFENDE 1º MINISTRO

dividaPedro Passos Coelho voltou a sustentar que não há espaço para renegociar mais os termos da dívida portuguesa com os parceiros europeus, do que o Governo PSD/CDS-PP já fez, e que ir além disso, só solicitando um perdão.
Assim o primeiro-ministro defendeu no final do debate quinzenal, no parlamento, acusando a oposição de tentar propor aos portugueses um caminho de diminuição da disciplina orçamental e de renegociação da dívida que é inviável e conduziria a um segundo resgate.
Passos Coelho referiu-se ao alongamento das maturidades e à diminuição dos juros dos empréstimos europeus que o Governo PSD/CDS-PP acordou com os parceiros da União Europeia, declarando que, “portanto, conseguimos fazer aquilo que o PS diz, que é renegociar os termos dos empréstimos europeus para Portugal. E mais do que isso, só solicitando um perdão, sustentou o primeiro-ministro, na resposta ao líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.
Para Passos Coelho apenas existe espaço para uma parte da dívida dos países que estão endividados passarem para uma emissão conjunta europeia, mas mesmo uma solução dessa natureza, não dispensa a disciplina orçamental, não dispensa as medidas que este Governo tem vindo a adotar.
O primeiro-ministro insiste na ideia de que a futura negociação de uma solução para a União Europeia pagar em conjunto uma parte da dívida dos Estados-membros só será possível se os esforços orçamentais se mantiverem e condena por isso, a ideia de acabar com a austeridade e reduzir o défice a um ritmo menos forte.
Para Passos, não há soluções milagrosas e os portugueses conhecem a sua disponibilidade para fazer o que é preciso.