
Portugal manteve-se como “plataforma potencial” de introdução na Europa de cocaína e haxixe, apesar da quantidade de droga apreendida em 2013 ter diminuído face a 2012.
O Relatório Anual de Segurança Interna dá conta que foram apreendidos 8.685 quilogramas de haxixe, 2.445 quilogramas de cocaína, 55 quilogramas de heroína e 14.633 unidades de ecstasy, tendo sido detidas 4.310 pessoas.
Juntamente com a operação anti-droga, foram apreendidas diversos bens e valores, designadamente 192 armas, 317 balanças, quatro barcos, 24 motociclos, 2793 telemóveis, oito ciclomotores, dois velocípedes, 381 viaturas, uma viatura mista, 1,36 milhões de euros (1.366.857) e 2,2 milhões de euros (2.2020.942), em divisa estrangeira.
O número de apreensões efetuadas indica que foram contabilizados: 3 046 kg haxixe, 1091 kg de cocaína, 781 kg de heroína 781 e 81 de ecstasy e no domínio do tráfico de estupefacientes, o RASI sublinha que Portugal, pela sua orientação atlântica e centralidade geoestratégica, tem um estatuto de relevo nos corredores marítimos e aéreos da droga, com ênfase nas rotas que ligam a Europa à África e à América do Sul, onde países como Colômbia, Brasil, Venezuela e Equador são pontos de partida da cocaína.
Em relação à cocaína, o relatório refere que os meios marítimos continuam a ser os mais utilizados para o transporte de “quantidades bastante significativas”, ora utilizando as embarcações de recreio, ora utilizando contentores, com a captação do comércio internacional.
O haxixe – adianta o relatório – é essencialmente transportado por via marítima e introduzido em território continental com recurso a desembarques efetuados na costa, seguindo posteriormente por via terrestre para outros destinos.
Quanto à heroína e ecstasy, estas drogas detetadas em Portugal e provenientes do estrangeiro resultam, sobretudo, de dinâmicas negociais intensas que envolvem países como a Espanha e a Holanda, sendo a droga transportada quer por via terrestre, quer por via aérea.
