
As mulheres que trabalham na Polícia Provincial de Ontário (OPP) dizem que recebem muito menos do que um polícia do género masculino que faz o mesmo trabalho.
O grupo, que inclui mais de 80 funcionárias, apresentou uma queixa por violação de direitos humanos e alega que recebem menos do que os oficiais masculinos que têm um trabalho semelhante.
As funcionárias da OPP acusam a Polícia de ter reduzido o acesso a benefícios e promoções, a segurança no emprego e as oportunidades de treino profissional.
Janet Borowy, a advogada que representa as 84 funcionárias, refere ainda que as suas clientes são vítimas de comentários sexistas e humilhantes.
A advogada falava terça-feira no Tribunal dos Direitos Humanos de Ontário onde descreveu o ambiente de trabalho da OPP como “profundamente masculino”.
As acusações foram imediatamente refutadas por Jennifer Richards, vice-diretora do Grupo de Prática de Trabalho de Ontário e um dos advogados da OPP.
A vice-diretora disse que todos os casos de assédio no local de trabalho foram “isolados” e garantiu que na empresa a tolerância é zero para este tipo de incidentes.
Richards referiu ainda que não houve discriminação, pois esses funcionários – preenchendo cargos dentro dos recursos humanos, finanças e tecnologia da informação – são compensados de acordo com outros funcionários comparáveis no Serviço Público do Ontário.
Em alguns casos, um oficial de polícia pode receber mais por ter treino especializado e certas obrigações nos termos da Lei de Serviços de Polícia do Ontário.