
A missão empresarial à Argélia liderada pelo vice-primeiro ministro, Paulo Portas, termina esta quinta-feira, reuniu mais de 36 empresas portuguesas com mais de 50 empresários locais e as companhias lusas, a cerâmica Recer e a farmacêutica Atral Cipan assinaram já em Argel, contratos de exportação avaliados em 115 milhões de euros.
O grupo de indústria cerâmica Recer assinou com os dois parceiros argelinos, a ‘holding’ estatal argelina para o setor SGP IPRS e o grupo privado Tipceram, um contrato no valor indicativo de 100 milhões de euros para a exportação de serviços e transferência de tecnologia e o acordo vai permitir ainda o alargamento da base produtiva da Recer à Argélia.
Do lado da farmacêutica, Atral-Cipan o acordo assinado com a empresa pública argelina Saidal, prevê um contrato que poderá ir até aos 15 milhões de euros, incluindo exportação para este mercado e a transferência de tecnologia na área dos antibióticos, o que representa 2 a 3 milhões de euros por ano, ao longo de quatro a cinco anos.
Além de empresários dos setores da construção civil e obras públicas, indústria agroalimentar, tecnologias de informação e banca, a delegação portuguesa integra ainda os secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, e da Inovação e Competitividade, Pedro Gonçalves.
O Fórum Empresarial luso Argelino prevê a continuação de diligencias do Grupo de Trabalho Económico luso Argelino até quinta-feira em Argel, sendo liderado pelo vice-primeiro ministro, do lado português, e pelo ministro do Desenvolvimento Industrial e da Promoção do Investimento, do lado argelino.
Na agenda, Paulo Portas tem ainda previstos encontros com diversos representantes do Governo argelino, entre eles o primeiro-ministro e os ministros das Obras Públicas, dos Transportes, da Energia, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, do Turismo e da Juventude e Desportos.
As exportações portuguesas para a Argélia, um dos principais parceiros comerciais na região, aumentaram mais de 23% em 2013, tendo a balança comercial sido favorável a Portugal pela primeira vez em muitos anos.
