
O Presidente da Republica exonerou dois consultores que assinaram o manifesto a pedir a reestruturação da dívida, trata-se de Vítor Martins e Sevinate Pinto.
A exoneração confirmada por Belém refere-se aos cargos de consultores da Presidência da República o ex-ministro da Agricultura Sevinate Pinto e o antigo secretário de Estado Vítor Martins.
O antigo ministro da Agricultura Sevinate Pinto desempenhava o cargo de consultor para a Agricultura e Vítor Martins, que foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus num dos Governo e Cavaco Silva, era consultor para os Assuntos Europeus
Ao que tudo indica, terão sido os próprios a pedir a destituição face à dimensão da polémica na opinião pública.
Já ontem o 1º ministro acusou os subscritores do manifesto pela reestruturação da dívida de serem “os mesmos que falavam na espiral recessiva” e disse espantar-se que “pessoas tão bem informadas” levantem essas questões.
Pedro Passos Coelho citou depois o Presidente da República, Cavaco Silva, apoiando a ideia expressa pelo chefe de Estado segundo a qual falar em reestruturação da dívida seria um ato de “masoquismo”.
Também os líderes das bancadas do PSD e do CDS-PP, Luis Montenegro e Nuno Magalhães, consideraram que o manifesto que defende uma reestruturação da dívida é um “exercício de cidadania” que “não ocorreu no momento mais oportuno” para Portugal, enquanto que a própria Comissão Europeia defendeu que uma reestruturação da dívida portuguesa está completamente fora dos planos” e que os recentes dados macroeconómicos mostram que esta “é sustentável” e que Portugal “está no bom caminho para sair do programa”.
O manifesto foi subscrito por personalidades, quer de esquerda, quer de direita, entre as quais se destacam a ex-presidente do PSD e ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, assim como ex-ministro das Finanças conotado com CDS-PP Bagão Félix, o fundador do CDS Freitas do Amaral, o ex-líder do BE Francisco Louçã, o ex-líder da CGTP-IN Carvalho da Silva e o ex-ministro socialista João Cravinho.