OBSERVADORES INTERNACIONAIS FALHAM 3ª TENTATIVA DE ENTRAR NA CRIMEIA E OBAMA ADMITE NOVAS MEDIDAS FACE A IMPASSE

Viktor Drachev/afp
Viktor Drachev/afp

Barak Obama passou boa parte do dia de sábado em conferencia telefónicas com 6 lideres europeus sobre a situação na Ucrânia.
Além, do 1º ministro britânico, do chefe de governo italiano e do presidente francês, contactou ainda os chefes de estado da Lituânia, Letónia e Estónia.
De acordo com a Casa Branca, a França e os Estados Unidos ponderam tomar “novas medidas” em relação à Rússia, “na ausência de progressos” face à crise na Crimeia.
Esta nova ronda de conversações surgiu depois de falhar mais uma tentativa dos observadores internacionais entrarem no território.
Tiros de advertência foram disparados quando a missão de observadores militares da OSCE tentou cruzar a fronteira e entrar na região Crimeia obrigando o grupo a voltar para trás.
De acordo com a própria Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, ninguém ficou ferido, mas este sábado torna-se o terceiro dia consecutivo em que a missão falhou ao tentar atravessar o estreito que liga o Mar Negro à península isolada do resto da Ucrânia.
O grupo foi obrigado a dar meia volta e a retirar para a cidade mais próxima, Kherson, para decidir quais os próximos passos a dar, uma vez que estão no país a convite do governo da Ucrânia, apesar das autoridades separatistas russas da Crimeia alegarem que não deram permissão para a sua entrada na região.
Vários protestos a favor e contra a presença da Rússia na Crimeia percorreram este sábado as principais cidades da Ucrânia oriental.
As manifestações mais significativas registam-se na zona leste do país, em cidades como Donetsk, onde uma multidão de manifestantes se reuniu ao princípio da tarde na Praça Lenin, agitando bandeiras da Rússia e elogiando o Presidente, Putin.
Já dentro de território da Crimeia, registou-se uma manifestação que juntou 300 pessoas a favor da integridade da região na Ucrânia, maioritariamente mulheres, que saíram à rua com os filhos, para protestar contra a intervenção das forças russas na Crimeia.