
Os apoiantes do Governo e opositores voltaram às ruas de Caracas, durante o dia de sábado, naquele que foi já o 12.º dia de protestos marcado por incidentes e por um total de 23 feridos.
Os primeiros incidentes surgiram ao anoitecer na capital, onde estavam concentrados desde o início da tarde cerca de 3.000 militantes pró-oposição, na sua maioria estudantes, vestidos de branco e munidos de bandeiras da Venezuela, quando a polícia dispersou a multidão, com recurso a gás lacrimogéneo e canhões de água, numa coluna de centenas de pessoas que seguiam numa avenida principal no leste da capital.
Vinte e três pessoas ficaram feridas, afirmou na rede social Twitter Ramón Muchacho, autarca de Chacao, um dos distritos de Caracas.
Estas mobilizações da oposição inscrevem-se no quadro do movimento de protesto antigovernamental lançado há 12 dias na província por estudantes que se insurgiram contra o custo de vida, insegurança e pobreza naquele país petrolífero.
Na quarta-feira, a capital venezuelana foi palco da maior mobilização contra o Presidente Nicolás Maduro, desde a sua eleição em abril de 2013 e violentos confrontos ocorreram à margem da manifestação, de que resultaram três mortos, 66 feridos, e 69 detidos.