

O governo canadiano está a retirar todos os seus diplomatas e funcionários do Sudão do Sul, devido a preocupações com a sua segurança.
Lynne Yelich, um ministro de Estado, referiu em comunicado que as operações no gabinete do Canadá, em Juba, foram temporariamente suspensas e toda a equipa se mudou para a Alta Comissão Canadiana em Nairobi, no Quênia.
“Devido aos desafios operacionais, incluindo o ambiente de segurança imprevisível em Juba,” o governo fechou temporariamente o gabinete diplomático, disse Yelich.
O êxodo canadiano vem numa altura em que o governo do Sudão do Sul concordou – na sexta-feira – acabar com as hostilidades, na sequência de um golpe fracassado que provocou a escalada da violência interna no mais novo país do mundo, desde meados de dezembro.
Mais de 120 mil pessoas foram deslocadas pelo conflito, que envolve facções de militares do país.
Enquanto os líderes do Leste Africano, reunidos no Quénia, saudaram o anúncio de um cessar-fogo do Sudão do Sul, o alegado líder renegado da tentativa de golpe de Estado, continua a ser um fugitivo e não fez parte no acordo.
Num discurso na cimeira de Nairobi, o presidente queniano Uhuru Kenyatta observou que há “uma pequena janela de oportunidade para assegurar a paz” no Sul do Sudão.
O Sudão do Sul separou-se pacificamente se do Sudão em 2011, após décadas de uma guerra brutal de independência contra o Sudão.
O jovem país tem sido assolado pela corrupção, tensões étnicas, e uma luta de poder dentro do partido do governo, que coloca o presidente Salva Kiir contra o ex-vice-presidente Riek Machar.