
Lisboa, 22 mar (Lusa) — Portugal tem mais de 10 mil tubos com espermatozoides, alguns congelados desde 1985 e sem respeitar os parâmetros serológicos entretanto definidos, pelo que não podem ser doados, afirmou hoje um especialista em medicina da reprodução.
Alberto Barros, do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) falava na Comissão Parlamentar de Saúde sobre a proposta de lei que altera a utilização de técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), numa audição requerida pelo CDS-PP e pelo BE.
Segundo este especialista, que introduziu em Portugal a inseminação artificial com sémen de dador, em 1985, a existência de material genético criopreservado antes de 2006 (altura em que esta área foi alvo de legislação específica) “é um problema real, com o qual os diretores dos centros que o conservam se deparam”.