
Maputo, 25 jan (Lusa) – O Centro de Integridade Pública de Moçambique, entidade que fiscaliza a transparência na administração pública moçambicana, apontou a inação da justiça e as chamadas dívidas ocultas como causas da queda do país no índice sobre corrupção da Transparência Internacional.
Falando da descida de 30 lugares que Moçambique registou no índice hoje divulgado pela Transparência Internacional, Baltazar Faela, investigador e jurista daquela organização não-governamental, disse, em conferência de imprensa, que a perceção de que Moçambique é um país altamente corrupto deteriorou-se com a revelação, em abril de 2016, de que o Governo avalizou secretamente mais de mil milhões de euros de dívidas a favor de empresas públicas ligadas à proteção marítima.
“Penso que esta situação está associada às chamadas dívidas ocultas, a opinião pública interna e internacional olha para este caso como um exemplo de um país com elevada corrupção”, afirmou Faela.
