
Madrid, 14 dez (Lusa) — Cientistas espanhóis sequenciaram o genoma do lince ibérico e concluíram que o seu ADN, deteriorado durante milénios, é atualmente menos diversificado do que o de outros animais ameaçados, como a chita ou o diabo da Tasmânia.
O lince ibérico (Lynn pardinus) e o lince boreal ou euroasiático (Lynx lynx) começaram a separar os seus caminhos há 300.000 anos e, embora tenham continuado a cruzar-se e a intercambiar genes, ambas as espécies ficaram definitivamente separadas há cerca de 2.500 anos.
Desde então, a população do lince ibérico deteriorou-se gradualmente, até que em meados do século XX a perseguição, a destruição do seu habitat e, sobretudo, as duas grandes epidemias virais que atingiram o coelho — a sua principal fonte de alimento –, dizimaram o número de exemplares até ficarem menos de uma centena em 2002.