
Lisboa, 10 out (Lusa) — O fiscalista Sérgio Vasques considerou que criar um novo imposto sobre açúcares e gorduras “não vale a pena” para angariar receita fiscal e defendeu que a regulamentação sobre a ‘fast food’ tem mais impacto para a promoção da saúde.
“Uma coisa é certa: tributar bens como os refrigerantes, as gorduras, o café e os açúcares só vale a pena por razões de saúde pública. Não valerá seguramente a pena por razões de natureza fiscal”, defendeu Sérgio Vasques.
Numa entrevista à agência Lusa a poucos dias da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do segundo governo liderado por José Sócrates, duvidou a eventual criação de um ‘fat tax’, um imposto sobre os alimentos nocivos à saúde (sobretudo pela quantidade de sal e de açúcar).