
Luanda, 29 set (Lusa) – O português que esteve mais de três dias raptado em Luanda, sob ameaça de morte e com um pedido de pagamento de um resgate de três milhões de dólares, contou momentos de terror que viveu durante o cativeiro.
Os testemunhos surgem em imagens recolhidas pela Polícia Nacional, cedidas hoje à agência Lusa e recolhidas na casa nos arredores de Luanda onde o português e um cabo-verdiano estiveram vários dias fechados, num quarto escuro, mas também dos momentos seguintes à libertação, com o próprio ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, a reconfortar as vítimas.
“Pensei que me estava a despedir da vida quando ouço os primeiros impactos da polícia. Conseguia ver pelo buraco pela fechadura e ouvi o estrondo da polícia a entrar. Senti uma tranquilidade tremenda quando vejo o colete da polícia e leio as letras da DNIC [Direção Nacional de Investigação Criminal], senti que estava salvo. É aquilo que tenho mais presente”, conta, nas imagens, António Cruz, 50 anos e administrador, em Luanda, da empresa SIAP.
