IGCP DIZ QUE VERBA ALOCADA AO FMI PODE SER USADA PARA OUTROS FINS

LusaLisboa, 22 jul (Lusa) – A presidente do IGCP afirmou hoje que, se os ativos financeiros que estão para venda não forem alienados este ano, o reembolso antecipado ao FMI fica reduzido a 2,6 mil milhões de euros ou pode mesmo não se realizar.

Cristina Casalinho, presidente do IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, afirmou hoje no parlamento que, “se não houver venda, o reembolso que estava considerado, de 6,6 mil milhões de euros, fica reduzido para 2,6 mil milhões de euros”, acrescentando, no entanto, que esta verba pode ser usada para pagar ao FMI ou para outros fins, sendo o Governo o responsável último pela decisão.

“Há alguma margem de manobra na execução do programa este ano. No Programa de Estabilidade anunciado em abril pelo Governo, mencionou-se que, na execução dos 6,6 mil milhões de euros de pré-pagamento ao FMI, 4 mil milhões [de euros] estavam ancorados na privatização do Novo Banco, na venda de ativos da Oitante e no reembolso de ‘CoCo'”, sublinhou Cristina Casalinho.