JUSTIÇA ENTREGA MENINA A PAI VIOLADOR

Ministério Público do Tribunal Judicial de Penafiel deduziu acusação por dois crimes de abuso sexual contra o pedófilo. (DIREITOS RESERVADOS)
Ministério Público do Tribunal Judicial de Penafiel deduziu acusação por dois crimes de abuso sexual contra o pedófilo. (DIREITOS RESERVADOS)
Ministério Público do Tribunal Judicial de Penafiel deduziu acusação por dois crimes de abuso sexual contra o pedófilo. (DIREITOS RESERVADOS)
Ministério Público do Tribunal Judicial de Penafiel deduziu acusação por dois crimes de abuso sexual contra o pedófilo.
(DIREITOS RESERVADOS)

A menina, de 14 anos, que foi violada e engravidou do pai, numa freguesia de Penafiel, tinha já denunciado os abusos sexuais quando tinha apenas cinco anos.
Na altura, a criança – que agora decidiu prosseguir com a gravidez até ao fim – garantiu a familiares que o pai tinha tentado manter relações sexuais. O caso foi arquivado por falta de provas e, entretanto, a menor e a irmã, um ano mais nova, ficaram com a avó materna. Já em 2011, o pai pediu novamente a guarda das filhas. A Justiça ignorou as suspeitas e entregou a menina aos cuidados do homem que a violou e engravidou.
Na altura da entrega das irmãs, o pedófilo, de 34 anos, voltou a garantir que nunca tinha tocado na filha mais velha. Mas, entre dezembro do ano passado e agosto deste ano, o homem violou repetidamente a filha. Está na cadeia e começa em breve a ser julgado.
“A menina foi entregue às mãos de um monstro. O tribunal e a Segurança Social sabiam das suspeitas”, disse ao CM um familiar da menor.
A menina, que vive numa instituição, está grávida de um menino, a quem irá chamar Salvador – uma vez que conseguiu evitar o aborto, salvando o bebé. Está já de sete meses e recusou desde o primeiro momento interromper a gravidez. “Não vou matar um ser humano”, confidenciou na altura a menor.
O facto de a gravidez estar já bastante avançada – quando o caso foi descoberto a menor tinha já 19 semanas – foi também decisivo para que a menor prosseguisse com a gravidez. Os médicos poderiam ponderar interromper a gestação até às 24 semanas, com base na hipótese de existirem malformações no bebé. A vítima recusou e a mãe, que durante vários anos esteve desaparecida, não assinou o documento que autorizava fazer o aborto. Tal procedimento é necessário nos casos de grávidas menores de 16 anos.
O nascimento do bebé está previsto para o dia de Natal.