DOENTES POUPAM 50 MILHÕES NOS REMÉDIOS

Preço médio dos medicamentos desceu 21 por cento desde 2007 (Foto de João Miguel Rodrigues)
Preço médio dos medicamentos desceu 21 por cento desde 2007 (Foto de João Miguel Rodrigues)
Preço médio dos medicamentos desceu 21 por cento desde 2007 (Foto de João Miguel Rodrigues)
Preço médio dos medicamentos desceu 21 por cento desde 2007 (Foto de João Miguel Rodrigues)

Os portugueses gastaram menos 50 milhões de euros de janeiro a agosto deste ano na compra de medicamentos. Já o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teve uma poupança d de 49 milhões de euros. A quebra na despesa deve-se à redução do preço dos remédios, segundo dados avançados ontem pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
O Infarmed refere que nos últimos dois anos a evolução do mercado de medicamentos tem registado “uma profunda alteração”, com vista a melhorar o acesso do cidadão a terapêuticas menos onerosas e contribuindo para a redução da despesa do SNS com medicamentos.
Segundo aquele organismo do Ministério da Saúde, ao longo dos últimos anos o preço médio dos medicamentos tem descido drasticamente: menos 17% nos últimos dois anos e menos de 21% desde 2007.
A revisão de preços, ocorrida em 2012, é uma das medidas que permitiram uma redução substancial do preço dos medicamentos.
Apesar dessa redução representar uma vantagem para os doentes, a situação tem levado muitas farmácias a diminuírem a quantidade de remédios em armazém, o que provoca ruturas de stock.
As farmácias queixam-se de que a redução do preço dos medicamentos baixa obrigatoriamente as margens de lucro, e que por isso ficam com menos capacidade económica para ter uma variedade de remédios em stock. Paulo Duarte, presidente da Associação Nacional das Farmácias, afirmou ao CM que as farmácias querem fazer “parte da solução e não põem em causa o acesso dos utentes ao medicamento. Há situações de rutura, mas são casos que estão identificados”.
“As farmácias fazem um esforço pela sobrevivência, e se não têm agora um produto terão mais tarde ou têm outro [genérico], não querem alterar a política do medicamento”, afirmou ainda Paulo Duarte.