PRESIDENTE DO MECANISMO ÚNICO DE SUPERVISÃO CONSIDERA “NORMAL” CAPITALIZAR CGD

LusaBruxelas, 14 jun (Lusa) — A presidente do Mecanismo Único de Supervisão disse hoje, em Bruxelas, que cabe à Direção-Geral de Concorrência analisar o processo de capitalização da Caixa Geral de Depósitos, mas considerou normal a injeção de capital pelo Estado num banco público.

Numa discussão na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, Danièle Nouy, questionada pelo eurodeputado José Manuel Fernandes, do PSD, sobre a intenção do Governo de injetar um “montante extremamente elevado”, na ordem dos 4 mil milhões de euros, na CGD, escusou-se a “comentar este caso individual”, mas observou que é normal o Estado proceder a reforços do capital de um banco público quando tal se revela necessário, “em Portugal, na Alemanha ou em qualquer outro caso”.

“Mais capital é sempre bom para os supervisores, é sempre uma boa notícia”, começou por referir a presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Danièle Nouy, acrescentando que, no caso de bancos públicos que necessitam de capital adicional — que “obviamente” cabe ao Estado prestar –, é necessário demonstrar que se trata de “um investimento normal, de um acionista normal” num banco que demonstre ser rentável, e não de ajudas de Estado.