Lisboa, 09 jun (Lusa) – O ministro das Finanças justificou a necessidade da alteração do estatuto do gestor público, ligado à administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), explicando que o atual regime “é perverso” pois remunera as pessoas pelo que fizeram no passado.
“Neste momento, os esquemas de incentivos são totalmente perversos, porque permitem que o vice-presidente da CGD tenha um rendimento mensal muito inferior ao dos vogais, ou seja, as pessoas estão a ser remuneradas não por aquilo que estão a fazer hoje, mas pelo que fizeram no passado”, disse hoje Mário Centeno, em conferência de imprensa.
O Governo socialista aprovou na quarta-feira um decreto-lei que altera o estatuto do gestor público, ligado à CGD. Em causa está a não aplicação dos limites salariais a detentores de cargos de administração “designados para instituições de crédito integradas no setor empresarial do Estado, qualificadas como ‘entidades supervisionadas significativas’, nos termos da regulamentação do Banco Central Europeu”.