
Rio de janeiro, 04 jun (Lusa) — O ex-senador brasileiro Sérgio Machado explicou à Justiça como foram pagos subornos de 70 milhões de reais (20 milhões de euros) a três altos dirigentes partidários próximos do Presidente interino do Brasil, Michel Temer.
Numa delação premiada (colaboração com a justiça em troca de redução de pena), o senador e ex-presidente da Transpetro, subsidiária da empresa estatal Petrobras, forneceu pormenores de pagamentos que fez ao presidente do Senado, Renán Calheiros, ao ex-Presidente brasileiro José Sarney e ao senador Romero Jucá, que foi nomeado por Temer para ministro do Planeamento, mas que teve de renunciar ao cargo poucos dias depois da divulgação das primeiras denúncias do delator.
Os três citados são dirigentes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que sustenta o atual governo brasileiro, depois do afastamento de Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores – PT), num processo de ‘impeachment’ (destituição) que está a ser julgado pelo Congresso.