Lisboa, 01 mar (Lusa) — O Conselho de Finanças Públicas (CFP) considerou hoje que a redução do défice este ano assenta na melhoria económica, com “riscos significativos” de tal não se concretizar, afirmando que a consolidação estrutural é insuficiente para alcançar os objetivos.
Na análise da proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), a entidade liderada por Teodora Cardoso afirma que, no que diz respeito às previsões orçamentais, “os riscos advêm, em primeiro lugar, do próprio cenário macroeconómico, particularmente relevante para fundamentar as previsões de receitas fiscais”.
É que, afirma, “permanecem riscos significativos” nas previsões macroeconómicas inscritas pelo Governo na proposta de OE2016, devido sobretudo à previsão de crescimento da procura externa, “num enquadramento internacional que continua a agravar-se”, à previsão de subida da taxa de inflação, do deflator do PIB e do próprio crescimento económico, que “não tem em conta o impacto da subida dos preços internos sobre a competitividade da produção nacional relativamente a produtos importados”, e à previsão de aceleração do investimento privado, “num contexto de crescente incerteza e de perda de competitividade”.