JUÍZES ARRASAM A REINSERÇÃO

Tribunal da Relação de Évora critica atuação dos técnicos (Foto de Alexandra Silva)
Tribunal da Relação de Évora critica atuação dos técnicos (Foto de Alexandra Silva)
Tribunal da Relação de Évora critica atuação dos técnicos (Foto de Alexandra Silva)
Tribunal da Relação de Évora critica atuação dos técnicos (Foto de Alexandra Silva)

Um acórdão da secção criminal do Tribunal da Relação de Évora arrasa a atuação dos técnicos do Instituto de Reinserção Social (IRS). Nesse acórdão, os juízes consideram que os técnicos foram “inoperantes” por se terem limitado, durante três anos, a “enviar convocatórias” para casa de um arguido alcoólico, não tendo providenciado“ acompanhamento para o tratamento” do arguido.
O arguido foi condenado em primeira instância, em maio de 2010, pelo Tribunal Judicial de Santarém, a uma pena de quatro anos de prisão, suspensa sob condição de se submeter a tratamento do alcoolismo. O arguido atingiu a tiro, sem qualquer explicação, o próprio filho e outras quatro crianças no pátio de uma escola primária.
Segundo o Tribunal da Relação de Évora, os técnicos “deslocaram-se uma única vez a casa do arguido para um contacto, sem sucesso e deixaram convocatória”.
Como o arguido não foi tratado – o pressuposto da pena suspensa – terá agora de cumprir pena de prisão efetiva.