Lisboa, 17 fev (Lusa) – O ex-ministro das Finanças Guilherme d’Oliveira Martins considerou hoje que a proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) não é a ideal e que existe “incerteza” e algum “desejo piedoso” em torno do crescimento da economia este ano.
“Não sabemos como é que as coisas se vão passar, talvez haja um ‘wishful thinking’, um desejo piedoso, relativamente a como é que a economia vai funcionar e como é que vamos criar riqueza. Se não criarmos mais riqueza, se não houver crescimento económico, não há receita. Essa incerteza existe. É ensinar o pai-nosso ao vigário”, afirmou Guilherme d’Oliveira Martins, numa conferência sobre a proposta de OE2016 organizada pela sociedade de advogados Rogério Fernandes Ferreira & Associados, que decorreu esta manhã em Lisboa.
“É o orçamento ideal? Não. É possível fazer um orçamento sem riscos? Não. Mas mais importante é termos um orçamento minimamente credível, mas o fundamental é a sua execução”, afirmou o administrador da Gulbenkian, considerando que a execução orçamental vai depender da criação de riqueza nacional e europeia.
