
Luanda, 10 dez (Lusa) – O Orçamento Geral do Estado (OGE) angolano para 2016, a votar na sexta-feira no parlamento, voltará a ser de austeridade, com cortes e contenção, mas a execução está ameaçada por nova quebra da cotação do barril de crude.
O documento foi elaborado pelo Governo estimando receitas fiscais com a exportação de petróleo no próximo ano, em média, a 45 dólares por barril, mais cinco dólares do que ao OGE para 2015, revisto (para metade) em março, precisamente devido à quebra da cotação do crude no mercado internacional.
Orçado globalmente – receitas e despesas de igual valor – em 6.429.287.906.777 de kwanzas (43,4 mil milhões de euros), o Orçamento a votar pelos deputados angolanos prevê um défice de 5,5% e um crescimento económico nacional, face a este ano, de 3,3%. É descrito pelo Governo como de manutenção da austeridade, devido à crise da cotação do petróleo, que só este ano obrigou ao corte de um terço das despesas.