PÂNICO COM O FOGO À PORTA DE CASA

Em Marco de Canaveses usaram mangueiras para molhar o mato junto às casas
Em Marco de Canaveses usaram mangueiras para molhar o mato junto às casas
Em Marco de Canaveses usaram mangueiras para molhar o mato junto às casas
Em Marco de Canaveses usaram mangueiras para molhar o mato junto às casas

Salvem estas casas, as pessoas estão em pânico. ”O grito de José Marques da Silva, de 71 anos, para os bombeiros tocou o alarme do perigo que as chamas provocaram ontem à tarde na vila do Caramulo. Os incêndios voltaram a espalhar o medo pelos habitantes de várias aldeias do Norte e Centro. Num dia em que a Proteção Civil voltou a registar mais de 300 incêndios, foi no Caramulo (Tondela), Vila Boa do Bispo (Marco de Canaveses) e no Parque Natural do Alvão (Mondim de Basto) que se viveram os momentos de maior pânico.
No Caramulo, o fogo começou às 11h30 e terá sido ateado por negligência, por um homem de 40 anos que cortava mato com uma motorroçadora. No cimo da vila viveram-se momentos difíceis, pois as chamas andaram perto das casas. “Estiveram aqui à porta, mas os bombeiros conseguiram evitar o pior. Apanhámos um grande susto”, referiu uma moradora, a recuperar do combate ao fogo.
O incêndio dividiu-se em três frentes, ameaçou as aldeias de Bezerreira e Varziela e uma unidade de engarrafamento de água. Os mais de 250 bombeiros envolvidos no combate concentraram-se em estradões e ali dominaram as chamas sem correrem riscos.
Em Marco de Canaveses também se viveram momentos dramáticos. Em Vila Boa do Bispo, as chamas estiveram perto de casas e estabelecimentos comerciais. Os moradores combatiam o fogo com mangueiras e baldes de água. “Só queremos salvar as nossas casas e os nossos animais. A força das chamas é assustadora”, dizia Olívia Manuela, emigrante em França.