O Canadá poderá, teoricamente, seguir o exemplo de outros países que recentemente adotaram taxas de juros negativas, a fim de estimular a economia, disse o governador do banco central Stephen Poloz a uma plateia de empresários, ontem, depois de mais uma queda do loonie (moeda canadiana).
Em declarações ao Empire Club em Toronto, Poloz disse que alterar as suas taxas de juro de referência abaixo de zero é algo, dentro do kit de ferramentas de política monetária, que o Banco do Canadá poderá considerar em último recurso.
Uma mudança de posição face a 2009, quando o banco disse que a sua mais baixa taxa de juro possível teórica era de 0,25 por cento, porque ir mais longe seria incompatível com certos mercados financeiros, tais como fundos do mercado monetário.
Mas enquanto que Poloz abriu a porta para a possibilidade de taxas de juros negativas, ele frisou – em Inglês e Francês – que o banco não tem presentemente qualquer intenção de o fazer.
Por duas vezes, este ano, o Banco do Canadá reduziu a sua principal taxa de juros numa tentativa de estimular a economia.
Mas outros países foram ainda mais longe, reduzindo as suas taxas abaixo de zero numa tentativa de incentivar o consumo e investimentos, em vez de acumular capital.
Mas as taxas de juros negativas não foram as únicas ferramentas do banco central que Poloz abordou no discurso de terça-feira.
Poloz anunciou outra nova medida não convencional: Financiamento para o crédito. Poloz também disse que o estímulo fiscal tende a ser uma ferramenta mais poderosa do que a política monetária em crises extremas.
Ao todo, Poloz reiterou o seu otimismo para a economia canadiana.
Fonte: CBC News