A Comissão Arbitral Paritária decidiu a favor do Sporting no processo interposto por Bruma ao clube de Alvalade (o extremo pedia a nulidade do contrato 2013/2014 que estava em vigor), mas o advogado do atleta afirma que o jogador não tem condições para regressar ao clube.
A decisão da CAP foi unânime, com os sete juízes do organismo ( José da Cruz Pereira, António Cruz Vieira, Miguel Rodrigues Basto, João Novais, José Ferreira da Silva e José Pereira dos Reis, mais o presidente Carlos Rito) a votarem a favor do Sporting no processo.
Bebiano Gomes, advogado de Bruma, não quer que o atleta volte ao Sporting: “Não te condições psicológicas para regressar a um clube que tratou uma situação tão importante desta forma”, disse o causídico ao CM, avançando agora com um pedido de rescisão por justa causa, que também será analisado pela CAP. E, em caso de nova derrota, pretende avançar com o pedido de rescisão unilateral. Neste caso, o CM sabe que a CAP recorre ao Regime Jurídico do Contrato de Trabalho do praticante desportivo, lei 28/98, artigo 27º. Ou seja, o jogador tem de indemnizar o clube com a totalidade dos salários até ao final do contrato, no valor de cerca de 65 mil euros.
José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo, deu outra leitura ao CM. “Dificilmente, sem justa causa, o valor da indemnização ficará pelos salários respeitantes a esse ano de contrato, mesmo que o tema chegue a tribunal, até porque haverá uma cláusula de rescisão [30 milhões de euros]”, disse.
Pelo que o Correio da Manhã apurou, o Sporting admite a reintegração de Bruma no plantel, mas desde que os representantes do jogador ponham fim aos processos jurídicos contra o clube. Admite-se mesmo o cenário de propor uma renovação de contrato ao extremo internacional sub-20 por Portugal.