
Funchal, Madeira, 08 nov (Lusa) – A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, reconheceu hoje no Funchal que a atuação de um governo de esquerda em Portugal vai ser “difícil” e vai estar sujeita a “gigantescas pressões”.
“Vamos ter, certamente, gigantescas pressões da Europa da austeridade; vamos ter, certamente, gigantescas pressões dos grandes grupos financeiros internacionais, que têm lucrado tanto com a venda do nosso país ao desbarato; vamos ter gigantescas pressões do sistema financeiro e dos grandes grupos económicos que têm gostado tanto da destruição das condições do trabalho e da vida em Portugal”, disse Catarina Martins, no decurso de uma sessão pública de esclarecimento sobre o apoio do BE à formação de um governo liderado pelo Partido Socialista.
A porta-voz do Bloco de Esquerda realçou que o partido ficou disponível para negociar uma alternativa de governo com o PS a partir do momento em que este abandonou três ideias que “caracterizam o que é a austeridade”, nomeadamente “acabar com o regime conciliatório; acabar com a descapitalização da segurança social, através da redução da TSU; e descongelar as pensões”.