

A Associação Médica do Ontário está a processar o governo do Ontário por causa das recentes reduções nas taxas pagas aos médicos da província.
De acordo com a Canadian Press, o grupo de lobby dos médicos lançou um “constitutional charter challenge” na quinta-feira, dizendo que os últimos cortes vão comprometer a assistência ao paciente em todo o Ontário.
O governo cortou o financiamento para serviço médico num total de 6,9 por cento desde fevereiro.
O ministro da Saúde Eric Hoskins argumenta que os médicos do Ontário estão entre os mais bem pagos no país com um salário médio de mais de $358,000.
Hoskins disse na quinta-feira que está dececionado por a OMA ter escolhido o litígio, acrescentando que os cortes de taxas eram necessários de modo a que mais dinheiro pudesse ser investido em cuidados ao domicílio e comunitários, apoios para a saúde mental, e outras áreas.
A OMA afirma que os cortes da taxa são injustos para os médicos e coloca em risco os pacientes de ficarem sem os cuidados necessários.
A associação está a pedir ao tribunal para declarar que os médicos têm o direito constitucional de um mecanismo de disputa obrigatório para disputas sobre questões de compensação.
A OMA refere que os cortes do governo acontecem numa altura em que o número de novos pacientes no Ontário sobe em 140.000 a cada ano com uma população em crescimento e em envelhecimento, e um número estimado de 800.000 Ontarianos ainda não têm um médico de família.
Hoskins recordou que a província e a OMA passaram por um ano de negociações, incluindo a mediação e a conciliação, antes do governo optar por impor um novo contrato, porque os médicos não gostaram da decisão do conciliador Warren Winkler, ex-presidente do Supremo Tribunal do Ontário.