Muitos são sem-abrigo porque querem fugir das regras impostas pelo sistema político ou público de um país. Querem viver de forma livre. Muitos também são sem-abrigo porque, de facto, não vislumbram outra situação. Embora se saiba que é possível dar a volta a tamanha situação.
Sem julgamentos infundados, os sem-abrigo são pessoas que necessitam e precisam de um outro olhar. Mais humano, mais especial. Só que é deveras difícil olharmos para eles de formas diferentes das que estamos habituados no quotidiano. O olhar ou a ausência dele já dizem tudo. É assim que os vemos.
Tudo isto serve para chegar à posição e proposta polémica de uma vereadora de London que descobriu a pólvora e resolver, assim, a crise dos sem abrigo. Susan Stevenson, subscreve a ideia de pena de prisão para quem não cumprir determinadas regras, do tipo, “se és sem-abrigo e tiveres um problema de saúde mental, tens de ir a um psiquiatra. Não queres? Vais preso!”
É mais ou menos isso. Talvez Susan conheça umas realidades melhor do que nós, mas deve rever as suas posições quando toma a parte pelo todo. Uma falácia perigosa no seio político, a proposta merece desconfiança, algo a que (muitos) sem-abrigo estão habituados.
Saindo deste lado mais sensível, até porque tristezas não pagam dívidas e porque queremos que a alegria perdure e contagie os leitores, o grande destaque desta edição vai para o Brazilfest de Toronto. É um dos momentos mais vividos e aguardados pela comunidade brasileira no Canadá. A cidade mais populosa recebeu a 20.ª edição que celebrou uma vez mais o que de melhor há na música, dança e cultura brasileira no país da América do Norte.
O último fim de semana também juntou os sócios da LiUNA Local 506 para um evento repleto de diversão e alegria. Um sábado que ficou marcado pelo piquenique anual da família que proporcionou aos trabalhadores e aos seus familiares um dia memorável de confraternização e lazer.
Nestes eventos tanto da LiUNA Local 506, como o Brazilfest, fazem do Canadá, realmente um país magnífico para os imigrantes. Uns que constroem o país, no caso o sindicato LiUNA, como refere o vice-presidente da LiUNA Internacional, Joseph Mancinelli; outros que o alegram e o mantêm bem vivo.
Os canadianos agradecem. E nós também.